domingo, 23 de agosto de 2009

Estudo

Sou assim meio lusa
De um português engraçado
Misturo como se usa
Tempo presente, futuro e passado

Sou daquelas que amava
Ser o predicado subordinado
Vivendo como escrava
Do sujeito amado

E quando quero puxar assunto,
Não sei do que falar.
Só queria ser adjunto,
Pra nada nos separar

De todo estudo que fiz
Sobre língua, letra, palavra
Foi te estudar que eu quis
Mas você me ignorava

Isabela Moraes

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Essência de Amor

Quero te mostrar
Que eu estou gostando de você
Da sua presença, do seu sorriso
Você tem toda a simplicidade que preciso

Mas se eu estiver apaixonada,
Prometa que não vai dar errado
Que não vai acabar cada um pra um lado
Como dois desconhecidos

Eu não poderia viver assim
Me perdendo dos meus amores
Evitando as antigas paixões

Tentando esquecer os beijos
Tentando apagar os momentos
Que eu não quero esquecer
As coisas boas que eu não quero perder

Tudo vai passar, eu sei
Mas que não passe
O que sinto por você.

Isabela Moraes

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Não sei como aconteceu, só sei que até hoje ficou.

Ontem, estava sentada na calçada de casa, rindo e chorando, renovando os laços de amizade com alguém em quem eu não botava fé antes. Ele me fez lembrar de quando eu era como um cachorrinho perseguindo o dono atrás do meu pai. Não faço nem ideia de como eu me colei com meu pai. Só sei que aconteceu. Minha irmã, sempre foi muito grudada com minha mãe, aprendeu a cozinhar, aprendeu a cuidar da casa, pegou gosto pela vida doméstica. Eu não. Era o muleque da casa, saía com meu pai de carro, e ouvia Rádio Cidade, tentava aprender a dirigir, e a coisa que mais guardei e que hoje está dando certo rumo na minha vida, é que um dia, não me lembro quando, nem porque, eu resolvi aprender a consertar as coisas. Eu me lembro de que ele me chamava de “secretária”, e eu conhecia todas as ferramentas. Eu levava a escada, o martelo, a chave de fenda, os parafusos dele pra lá e pra cá, onde ele ia, pra ajudar. E assim, comecei a aprender um pouco. Eu gostava tanto... ficava ali, olhando ele consertar a bomba da cisterna, a fiação, o fio do telefone. Algumas vezes, quando ele não estava em casa, e havia algo quebrado eu tentava consertar sozinha, e se eu conseguia, esperava ele chegar pra mostrar que ele me ensinou e eu consegui, mas quando não conseguia, eu escondia tudo e fingia que não tinha mexido, aí pedia pra ele consertar. Até hoje me lembro que ele me ensinou a fazer um instalação elétrica simples, eu participei ativamente, aprendi pra que serve cada fio, e fiz a tomada. É importante pra mim, tudo o que é importante pra ele. Eu sou vascaína, porque ele me mostrou que esse era o melhor time, gosto de rock e MPB, porque ele me ensinou que é a melhor música, gosto de carros, corrida de Fórmula 1 e Futebol, porque ele me ensinou a gostar.
Devo uma parte de tudo que sei a ele. Ele me ensinou a fazer bolo, consertar o fio do telefone, mexer no computador, conectar a TV ao DVD, e me ensinou a ser eu. Devo muito do que sou a ele. E, principalmente, devo a felicidade das minhas manhãs de domingo, ao abraço que le me dá quando a gente acaba de tomar café. Ah, ele também me ensinou a gostar de café forte e de sorvete de passas ao rum, coisas que minha irmã odeia, mas que eu gosto, só porque ele me mostrou. E eu sou incrivelmente apaixonada pelo chinelo dele. Fica grande no meu pé, mas é tão bom, quando eu chego cansada e calço o chinelo dele. Parece que me descansa, me relaxa, parece uma pantufa, vou ter até que levar os chinelos dele quando eu for morar em outro lugar.
E por isso é que não sei como exatamente eu me grudei a ele assim, desse jeito tão bom, nós não somos só pai e filha, somos professor e aluna, mestre e aprendiz, ele sabe tudo que me falta saber, eu sei quais coisas seriam melhores pra ele. Eu só sei que até hoje, ficou marcado em mim tudo que ele me ensinou.

Te amo pai, porque... ahh te amo. Ok?!

Feliz dia dos Pais!!!

Texto escrito em 19/08/08

domingo, 9 de agosto de 2009

Soneto de Insônia

A cabeça no travesseiro
E o desespero
De não poder esquecer
E não conseguir adormecer

Querendo sonhar
Para te encontrar
E tentando fugir
De me iludir

Não sei como vai responder
Ao meu bem-querer
Nem sei se vai se importar

E a cabeça a girar,
Continua a pensar, e se perguntar
Se você vai se importar



Isabela Moraes
(postado em 09/08/09 as 01:50am)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Poesia Morta

E o poema, morreu
desapareceu no breu.
Sumiu,
fugiu.

Como algo
que se esquece sem querer.
Como algo
que se deixa perder.

Dentro da mente
tão doente.

Escolha

Não fomos feitos um para o outro. Disso estou certa, apesar de já ter pensado na possibilidade, hoje sei que não. Também estou c...