sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Rotina


E todo dia a pressa de sair
E um bom café pra acordar
Assim vários dias já vivi
Sem nem ao menos notar

Todo dia aquele caminho
Os mesmos passos repetidos
E sempre ao voltar pro ninho
Pensar em como podia ter sido

Os mesmos rostos, mesmas pessoas
As mesmas conversar, os mesmo assuntos
E essa vida a toa
Vai movendo o mundo.

Isabela Moraes

domingo, 13 de setembro de 2009

Enquanto isso... solidão.

Então tá. Acabou. Chega de ficar pelos cantos, escutando aquelas letras de música que só me trazem mais solidão. E tão diferente de todas as vezes em que disse 'chega', não estou dando um basta em nenhum relacionamento. Pelo contrário. Chega de solidão. Não quero mais sentar sozinha nos degraus durante o recreio e ficar solitária. Quero compartilhar. Porque não faz sentido viver nessa solidão imensa. É preciso alguém para compartilhar, mesmo que seja um amigo. É preciso alguém bem próximo. Alguém que seu coração possa sentir a presença. Amor.
Não dá mais. O martírio já vai se tornando repetitivo e exaustivo. É triste não ter alguém para compartilhar ao menos as pequenas alegrias do dia-a-dia. Mas é ainda tão ruim, ter que continuar seguindo a rotina. Cada dia aqueles mesmos sentimentos me rondando e me isolando na gaiola que eles prepararam para mim. Uma prisão. E eu fico lá. Só observando. Casais, pessoas, grupos, conversas, brigas, risadas, choros, sons, silêncio. E a confusão. De não saber onde estou. Fechar os olhos pra não ver que estou sozinha. E me sentir num infinito labirinto, distante de tudo. E querer falar, pedir ajuda. Mas não ter palavras para expressar o que se sente. E uma sequência de sons se repete na rotina. Uma palavra. Solidão.
E sem nem ao menos ter para quem contar sobre tudo isso que sinto, o peso vai aumentando. Vai afundando mais. Vai ficando mais profundo também. Difícil de arrancar. Expurgar.
E ainda tento espantar essa sombra que pousou aqui. Flores, corações, nascer do sol. E nada funciona. A verdade é que a sombra foi deixando tudo escuro e o vazio foi trazendo o vento frio. E congelou. Eu preciso de alguém para ficar bem próximo. Calor humano. Abraço.
Enquanto isso, meu olhar perdido, desencontrado, desanimado. Tento me convencer de que vai passar logo. Tento me convencer de que mudar de atitude é a solução. Solidão só por enquanto. Um tempo é preciso para que o amor se lembre que eu estou esperando por ele. Ansiosa. Desejando o momento em que não estarei sozinha. Mas esperar ainda que seja rápido. Vou insistir em ficar de pé, firme. Sem a tristeza que agora me domina. Sem a nuvem que ofusca a alegria. Por enquanto.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Bela Cidade

Em janeiro seus rios correm
Em fevereiro seus filhos morrem
Em março chuvas escorrem
na bela cidade.

Em abril, acalento
Em maio, casamento
Em junho, falta tempo
na bela cidade.

Em julho a vida descansa
Em agosto o folclore dança
Em setembro a primavera avança
na bela cidade.

Em outubro, vida banal
Em novembro, tempo ideal
Em dezembro, luzes de natal
na bela cidade.

Isabela Moraes
(17/08/09)

Escolha

Não fomos feitos um para o outro. Disso estou certa, apesar de já ter pensado na possibilidade, hoje sei que não. Também estou c...