sexta-feira, 27 de novembro de 2009

(Per)Feita pra mim


When You Were Young


Você sentou bem em cima da sua mágoa
Esperando alguns meninos bonitos
Para te salvar do seu jeito antigo
Você brinca de perdoar
Preste atenção agora - aqui vem ele

Ele não parece nem um pouco com Jesus
Mas ele fala como um cavalheiro
Do jeito que você imaginou quando era jovem

Podemos escalar essa montanha?
Eu não sei
Mais alta do que nunca
Eu sei que podemos fazer isso se formos devagar
Vamos devagar
Fácil agora, veja isso indo

Estamos queimando abaixo do horizonte da linha do céu
Na parte traseira do giro deste furacão girando
Quando você era jovem
Quando você era jovem

E às vezes você fecha seus olhos
e ve o lugar que você costumava viver
Quando você era jovem

Eles falam que a água do demonio, não é agradável
Você não tem que bebê-la agora
Mas você pode mergulhar o seu pé
Um pouco toda hora

Você sentou bem em cima da sua mágoa
Esperando alguns meninos bonitos
Para te salvar do seu jeito antigo
Você brinca de perdoar
Preste atenção agora - aqui vem ele

Eu disse que eu não parece nem um pouco com Jesus
Ele não parece nem um pouco com Jesus
Mas mais do que você irá saber


When You Were Young
The Killers
Composição: Brandon Flowers

Há de ser o fim



Há de se deixar ir
O amor perdido
Há de continuar a seguir
Outras vezes já havia prosseguido

Hei de transformar tudo em lembrança
Você é uma história acabada
Hei de acabar com a esperança
Você não significa mais nada

Há de sentir minha falta
Quando a solidão lhe fizer companhia
Há de sentir o coração que salta
Ao rever quem já foi sua um dia

Hei de amar outra vez
Pois este amor morreu
Hei de ter sensatez
Pois o coração, sofrendo, aprendeu


Isabela Moraes
(26/11/09)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Me deixe ir


Cale-se. Olhe, me veja ir. Estou deixando pra trás todos os erros. Estou levantando e soltando meus pulsos dessas cordas apertadas. Estou tomando fôlego, estava me sentindo sufocada. Você passou por cima do meu orgulho. Passou por cima de tudo que me protegia e chegou até a parte mais vulnerável de mim. E eu não quero. Estou fechando a última porta. Você ficará do outro lado. Quero apenas escutar sua voz. Não me olhe, não procure. Não precisava disso tudo. Eu não precisava jogar tudo pro alto. Eu não precisava discutir. Eu não precisava me expor. Eu não precisava me impor. Agora é tarde demais. Tomei essa decisão e você nem me deixou escolha. Não tenho como mudar o rumo. Não vou aceitar isso.
Você me escutou tantas vezes. Mas parece que não me ouviu dizer que tenho meus limites. Não te quero sempre comigo. Quero tempo pra sentir saudade. Não transborde mais de você na minha vida. Você tem que ser você, só você, sem mim. É a sua subjetividade. Desista disso. Desista de mim. Apenas por enquanto. Enquanto eu tomo fôlego. Eu quero espaço. Não quero mais dividir meus bons momentos com você. Não quero mais dizer como me sinto. Cansei da sinceridade que sempre tive com você. Deixa eu me esconder. Deixa eu ser eu, só eu, sem você.
Porque nós não somos um só. E um dia, vamos nos separar. É melhor se acostumar.

P.S.: A saudade é um calmante pro corações acelerados. Saudade dá espaço pro amor crescer um pouco mais. Eu quero poder sentir saudade de você. Me deixe sentir saudade.


Isabela Moraes

Eu sei e você sabe


Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Vinícius de Morais

sábado, 14 de novembro de 2009

Ainda sou eu


A verdade, é que eu ainda sofro. Choro, e tento não chorar. Ainda sou como uma menininha fechada, sensível, mas que tenta esconder o que sente, que tenta ser forte e não deixar que os outros saibam da sua dor.
Eu ainda fico parada, pensando em como eu queria não sofrer tanto.
Eu ainda tento não ter amores platônicos. Eu sorrio, somente na presença dos amigos, porque com eles eu não tenho medo de nada.
Eu ainda choro escondida, ainda fico rindo horas depois da piada, ainda falo sozinha sobre aquele assunto importante, ainda me sinto destruída com coisas pequenas, e deixo de lado as grandes coisas.
Eu sou assim. Não me questione, não sei explicar. Eu gosto de mim assim mesmo. Mesmo sem sorrir quando estou feliz, e sem chorar quando estou triste. Eu sou apenas isso. Não insensível, só com dificuldade de demonstrar minhas emoções.

Isabela Moraes
(texto do antigo blog, sem data, 2008)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pêndulo


Eu estou presa por uma corda fina, indo e voltando. De forma oscilante e inconstante. Sem saber para onde estou indo, ou se estou sempre no mesmo lugar. E me balanço. Não quero escolher. Nem sei dizer onde quero estar. Sei que na verdade estou presa em um só lugar.
Vou pra lá. Mas não fico. Estou aqui, e logo estarei lá novamente.
E assim todo dia, no risco da corda fina que me mantêm nesse movimento, eu continuo. Vou e volto. E quando, ás vezes, paro, sinto falta do balanço.
Eu não pertenço a nenhum lugar.
Meu movimento pendular, repetido, sem parar, até que eu canso. Venho e não quero voltar. Mas não há o que me prenda. E contra a minha vontade, tentando ficar, sou forçada a voltar.
Ás vezes sou feliz assim. Mas não é sempre. Ás vezes quero ficar. Ás vezes quero estar lá.
E sempre a me balançar.


#) Isabela Moraes
24/10/09

Music is my (only) truth love



Um sol. E não brilha. Até esquenta, mas só o coração. Um lá. Meio distante, baixinho. Tímido, esse lá. Um fá, difícil. Doloroso, apertado. Um si, que eu ainda não sei se vou conseguir. Um mi, bonito. Fácil. Um dó. Que aperta o coração. Que faz a cabeça doer. Um ré. Que me levou de volta àquele dia, onde aprendi certo do jeito errado.
Passo o dedo pelas cordas e aprecio. E gosto disso. Ele encostado em meu colo, fazendo sons felizes, e eu curtindo isso. Olho para ele com um amor diferente. Sei que tenho muito a aprender com ele. Quero saber mais sobre ele.
Encosto o rosto na madeira dura e quente. Posso sonhar com seu som. E ele nem é meu, mas gosto muito dele. Paro para admirá-lo. Posso ver meus grandes olhos refletidos nele. Fiz sacrifícios, mudei por ele. Só para dominar melhor sua arte. Ele agora receberá minha atenção todos os dias.
Outra vez corro os dedos nele. É a primeira vez que tenho um contato tão íntimo com algo do tipo.
Ficamos na calçada sozinhos apreciando o som que se espalha. Eu e o violão. Sem essa de barzinho. Sem essa de banquinho. Nenhuma voz. Só a minha alma inclinada à sua.


Isabela Moraes
08/11/09

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ainda não

Ele está lá. E eu não posso fazê-lo desabar. Mas não sei o que sobraria de mim sem sua proteção. Ás vezes ele me faz sentir isolada, ás vezes me dá segurança. Esse é o meu muro. Que me faz parecer forte e inabalável. E eu não posso deixar de lado sua existência. É ele que me mostra o que está próximo a mim, ou o que está ultrapassando seus limites pra chegar a mim. Ou o que se afasta. Mas a verdade é que cercada por ele estou sozinha.
Os meus muros são fortes, são minha proteção do mundo lá fora. Eles impedem que eu me machuque. Ás vezes nem ele consegue evitar.
Meus muros ainda não caíram. Espero que não.


Isabela Moraes
09/11/09

sábado, 7 de novembro de 2009

Passageira

É estranho que eu já tivesse pensado tantas vezes em quanto tempo passo dentro dos "carros" olhando as coisas pela janela e pensando na vida. Mas hoje eu vi o quanto isso é sério. O quanto eu gosto de ficar observando. E como amo as paisagens que vão passando como um filme enquanto eu reflito sobre as coisas que fiz ou vou fazer.
E essa música (O Passageiro) foi o que me fez acordar. Isso tudo é mais do que eu pensava. Esse espaço é mais que um lugar 'para apreciar a beleza da vida". Essa projeção que deixo para que cada um olhe com o seu ponto de vista, não é exatamente Bela. Mas (quase) sempre é o que vejo pela janela. E tudo isso quero compartilhar. Por isso os meus posts, agora se chamam "Projeções". Vai ver o seu "Ponto de Vista" é diferente. Mas é desse jeito que projeto o que vejo, sinto, ouço, falo... vivo. Espero que essa mudança seja boa.

P.S.: Novembro sempre traz tempos difíceis. Esse está rendendo muitas visões do mundo. Espero que meus pensamentos me tragam boas palavras. (P.S.: Espero tanta coisa...)

O Passageiro (The Passenger)
Capital Inicial
Composição: Iggy Pop / Ricky Gardiner (versão: Bozzo Barretti / Dinho Ouro Preto)

Eu sou o passageiro
Eu rodo sem parar
Eu rodo pelos subúrbios escuros
Eu vejo estrelas saindo no céu
É o claro e o vazio do céu
Mas essa noite tudo soa tão bem

Entre no meu carro
Nós vamos rodar
Seremos passageiros à noite
E veremos a cidade em trapos
E veremos o vazio do céu
Sob os cascos dos subúrbios aqui
Mas essa noite tudo soa tão bem

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá

Olha o passageiro
Como, como ele roda
Olha o passageiro
Roda sem parar

Ele olha pela janela
E o que ele vê
Ele vê sinais no céu
E ele vê as estrelas que saem
E ele vê a cidade em trapos
E ele vê o caminho do mar

E tudo isso foi feito pra mim e você
Tudo isso foi feito pra mim e você
Simplesmente pertence a mim e você
Então vamos rodar e ver o que é meu

lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá-lá

Olha o passageiro
Que roda sem parar
Ele está seguro ali
Conhece o mundo pelo vidro do carro

E isso tudo ele sabe que é seu
Ele vê o vazio do céu
E ele vê as estrelas sair
E ele vê a cidade durmir

E tudo isso é meu e seu
E tudo isso é meu e seu
Então vamos rodar e rodar e rodar e rodar

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá

lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
...

Quem fala demais, dá bom dia a cavalo


Não vou pedir mais. Nem vou ofertar mais nada. Agora estaremos como duas linhas paralelas, apenas seguindo o mesmo caminho, sem se encontrar em um dado momento. Não vou falar mais dessa coisa que aperta minha garganta. Ela é incômoda e sempre te machuca. E não quero deixar minhas marcas em você. Eu sou cruel com as palavras. E fria com conversas. Mas sou como pólvora, prestes a encostar no fogo, numa discussão.
Não saberemos de quem é a culpa. Eu não culparei ninguém. Não sei o bastante pra julgar. Só sei que agora quero me afastar. E ainda assim não quero estar longe demais. Eu sou uma observadora assídua. E sou uma ouvinte atenciosa. Fiz um balanço de você na minha vida. Não sei se quero que você vá embora.
Vou traçar uma linha. E serão os meus limites. As grades que te manterão a distância. Apenas faça como eu. Observe, ouça. Sem ultrapassar. E se ainda puder pedir, e você ainda puder me atender, isso é tudo que peço. Apenas não me pergunte, não sei dizer o porquê. Não interprete tudo que digo a sua maneira. E não me faça escrever outra vez. Não me pressione contra os meus sentimentos. Me deixe calar por um instante. Me deixe não saber responder. Me deixe não ter que pensar tanto em você. Me deixe abafar as minhas palavras, e não ser obrigada a escrever.

Com este cavalo, não farei mais as minhas longas caminhadas. Passarei a apreciá-lo, como o visitante de um jóquei, que da arquibancada, observa e aposta no seu cavalo admirado.


Isabela Moraes
07/11/09

sexta-feira, 6 de novembro de 2009



Força e Fé

me mantêm de pé

me dão sutentação
me mostram o caminho
me levam de volta
me levam embora
me guiam
de cabeça erguida.



Isabela Moraes

Nem tudo é perfeito...


Hoje fiz tudo que quis,
sem motivos pra me arrepender.
Hoje aprendi com o que fiz,
mas disso queria esquecer.
Hoje só não consegui
vencer a minha mudez.
Hoje só não entendi
de que serve essa sensatez.
Só não entendi porquê calo,
bem quando quero falar.
Só não entendi porquê falo,
bem quando quero beijar.

E não aprendi porquê escrevo,
quando o que eu queria era amar.

Isabela Moraes
05/11/09

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Do amor que sinto, isso é tudo que sei.

Saber amar não é tão comum e menos ainda é lidar com amor ofertado que para mim as vezes parece uma embalagem com pequenos orifícios repletos de espinhos.

Em algum momento cantei esse amor, escrevi sobre seus super poderes e me blindei como uma ostra. Talvez pelo medo de sofrer como vi encenado o sofrimento em algum cinema, ou li nesses romances que estraçalham corações perdidos e partidos. Vivo a ansiedade de querer viver de tudo e quando olho para o lado pareço estar numa locomotiva a um milhão de quilômetros por hora e tento me ater aos detalhes da paisagem, mas vira um grande borrão como na minha memória. Existe uma vidraça entre o que sinto por dentro e o que sei dizer, com uma espessura tão densa que o som não é capaz de invadir. Então parece que crio outras maneiras de manifestar e quem fica do outro lado muitas vezes não consegue entender e perceber que o meu amor é amor também, somente um amor vadio que se arrisca entre os corredores no intenso trânsito como um vendedor de chicletes que apenas enxerga seu próprio rosto no reflexo da insegurança do motorista que tem medo do que se aproxima pelo lado de fora.




Do blog de Tico Santa Cruz. http://bloglog.globo.com/ticosantacruz
Completamente compatível com o que sinto.

Escolha

Não fomos feitos um para o outro. Disso estou certa, apesar de já ter pensado na possibilidade, hoje sei que não. Também estou c...