terça-feira, 26 de julho de 2011


"O que fui em mim ainda será.
Não me acendi,
mas podes deixar,
eu me apago sozinho."

Fabrício Carpinejar

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tantofaz

Essa, meu bem, é para você. Especialmente para você. Porque eu não podia engolir o veneno que fui expelindo cada vez que você vinha até o meu blog para futricar minhas idéias. Aqueles que não gostam de palavras chulas que me desculpem, mas você é foda! 
Deve ser muitíssimo interessante ler os meus textos, e depois, concentrar todo esse seu ar blasé para vir dizer que ele não é bom o bastante para você. Ah, meu bem, eu não me importo que não gostem do que escrevo. Sei que não agrado a todos, mas é que ultimamente tenho ficado incomodada. E o que me incomoda é que você silenciosamente desdenha de mim. Eu, que adoro críticas construtivas, sou obrigada a simplesmente aceitar e engolir a seco essa sua má vontade. Sinceramente, se não gosta do que escrevo, faça-me o favor de ir à merda e parar de ler o meu blog. Mas se esperava algo melhor quando veio por livre e espontânea vontade até o blog para lê-lo e se decepcionou, acha que perdeu seu tempo e ficou indignado(a), então é só falar. Os comentários servem para isso. Não posso reaver o seu preciosíssimo tempo perdido, mas talvez, se você falar o quanto está insatisfeito(a) seja melhor para mim e para você. Vamos lá. É fácil. 
Confesso que pode ser um pouco de infantilidade minha, não aceitar que não gostem das minhas sentimentalidades. Mas é que eu escrevo o que me vem à cabeça. E nunca fui de pedir para ninguém ler o meu blog mandando links dele para os outros por Orkut, ou Facebook. A questão é que nada aqui te diz respeito, não estou falando de você nos meus textos, por isso não há nada que te faça vir aqui para ler, a não ser que você não tenha nada melhor para fazer mesmo. A minha dica é, vá fazer yoga, ler um bom livro, andar pela pracinha da cidade, mas me deixa em paz. 
Por favor, não me obrigue a escrever outro texto como esse. Acho tão chato ter que ficar aqui explicando os motivo pelos quais não te quero mais aqui... mas você força a barra. 
Então é isso. Depois deste post vou tirar os pitacos daqui. Usando palavras de outrem, vamos evitar a fadiga.

Isabela Moraes
18/07/2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Desespero

Deitada no sofá, café esfriando na xícara, cabeça fervendo na almofada, olhos transbordando, boca ressecando. Murmurava esporadicamente palavras de resignação.
Não queria mais lutar aquela guerra. Não queria mais enfrentar os problemas que nunca paravam de surgir. Queria voltar atrás. Não ter mais que medir palavras, calcular o que podia ou não podia, devia ou não devia. Não queria mais se arrepender das coisas que falava. Não queria mais se aborrecer com os delitos insignificantes que cometia no dia-a-dia, e que sempre explodiam como uma bomba sobre a sua cabeça. Não queria mais sentir aquele incômodo, aquela vontade de vomitar cada vez que se sentia sem saída e se via forçada a entrar em briguinhas que só faziam mal. Não queria mais se sentir como um bicho acuado cada vez que seu passado era o tema da conversa.
Queria a liberdade sair pela rua, sem telefone, sem destino. E não magoar nem aborrecer ninguém com isso. Queria os problemas longe, e não queria ser problema para ninguém. Queria sentir todo o tempo, a paz de espírito que sentira quando adormecera cansada e quieta.  Queria a comunicação pele com pele e não grito com grito. Queria abolir as palavras ásperas e a brutalidade e as grosserias.
Afundava lentamente nos devaneios do choro compulsivo que tomara conta dela. Esperava que o desespero a fizesse esquecer. Não queria mais sentir saudade. Mas ainda o amava tanto que não era capaz de escolher dar fim àquilo. Havia se permitido criar raiz. E raízes tão mais fortes que os laços aos quais estava acostumada. Agora, queria cortar-se até não sobrar nada, até secar, esturricada pelo sol. Mas ainda queria ficar ali. Porque não poderia nunca mais deixá-lo. Amava-o, desesperadamente. Por isso, a cada briga sofria, desesperadamente.

Isabela Moraes
15/07/2011

Escolha

Não fomos feitos um para o outro. Disso estou certa, apesar de já ter pensado na possibilidade, hoje sei que não. Também estou c...