É meio torturante, estar aqui sentada, olhando pra essa tela branca, e tentando juntar essas letras pra te dizer qualquer coisa que faça sentido e que te faça entender. Estou apenas tentado dizer qualquer coisa pra você. A música está me ajudando, mas talvez não de uma maneira boa. Eu sei tão pouco, não posso reclamar das coisas que você não sabe me responder. Eu só sei da minha desordem habitual, da minha confusão ocasional, e que quero você (mas o motivo, eu não sei dizer). Isso é tudo. Em algum momento, olhando pra você, meu coração disparou e eu nem me dei conta, só fui notar muito depois que o seu olhar entardeceu essa minha ânsia de ficar só. E nesse seu entardecer eu fui deixando que o acaso me levasse, fui fazendo tudo errado, fui escondendo de você o que você me desperta, fui me escondendo da insanidade dessas sensações que só tenho quando faço uso de você. Quando te tenho, quando te ouço, quando te vejo. Os sonhos, os pesadelos, a insônia, que vergonha. Tudo que eu te disse, omitindo a sua parte. Fingindo que você não tinha nada haver com isso. Eu preciso me preservar, não posso mais me pôr à prova. Tenho que proteger minhas vulnerabilidades, minhas fragilidades (sim, assumo que as tenho). Por enquanto tenho que confiar no meu medo de que meu coração seja esmigalhado outra vez. Mas tenho que me permitir gostar de você. Porque é o que eu tenho feito ultimamente.
Isabela Moraes
30/07/2010
30/07/2010
P.S.: Eu sei que é clichê, mas sinto borboletas quando penso em você.