quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Alvoradas

  Ainda há estrelas no céu quando dou os primeiros passos pela calçada rumo a um dia inteiro que vem pela frente. Ás vezes posso vê-las até de olhos fechados. Na contramão caminho sem pressa, arrasto os pés e deixo o vento mexer em meus cabelos. Não há nada de tão difícil em nadar contra a corrente, é preciso vontade de alcançar o horizonte vislumbrado. Já fui onde muitos querem chegar e ao chegar lá, certifiquei-me de que, na verdade, sempre tivera o melhor. Então voltei ao ponto de partida.
 Aos poucos, as estrelas vão sumindo. O breu e a penumbra vão se transformando num tom indefinido de claridade, como num espreguiçar preguiçoso, cansado e sonolento. As luzes da cidade se apagam, o sol aponta. E assisto tranquilamente o céu me mostrando o nascer do sol. Assim, sistematicamente, dia após dia. Sempre igual.

   Sempre noto que, ao chegar em casa, as luzes da cidade já ascenderam, e ao sair ainda não se apagaram.

Isabela Moraes
15/02/2011
 

Passo a Passo de um Coração Partido

  Me despedir de Você Me despir da esperança de ser tua Me despejar em mim Me deitar nua Mas não ao teu lado Você fugiu Você fingiu Você fic...