Saber amar não é tão comum e menos ainda é lidar com amor ofertado que para mim as vezes parece uma embalagem com pequenos orifícios repletos de espinhos.
Em algum momento cantei esse amor, escrevi sobre seus super poderes e me blindei como uma ostra. Talvez pelo medo de sofrer como vi encenado o sofrimento em algum cinema, ou li nesses romances que estraçalham corações perdidos e partidos. Vivo a ansiedade de querer viver de tudo e quando olho para o lado pareço estar numa locomotiva a um milhão de quilômetros por hora e tento me ater aos detalhes da paisagem, mas vira um grande borrão como na minha memória. Existe uma vidraça entre o que sinto por dentro e o que sei dizer, com uma espessura tão densa que o som não é capaz de invadir. Então parece que crio outras maneiras de manifestar e quem fica do outro lado muitas vezes não consegue entender e perceber que o meu amor é amor também, somente um amor vadio que se arrisca entre os corredores no intenso trânsito como um vendedor de chicletes que apenas enxerga seu próprio rosto no reflexo da insegurança do motorista que tem medo do que se aproxima pelo lado de fora.
Do blog de Tico Santa Cruz. http://bloglog.globo.com/ticosantacruz
Completamente compatível com o que sinto.
Completamente compatível com o que sinto.
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