quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Carta de Amor ao Soldado


Volta, pois ainda espero
Ainda guardo no peito
O tanto que te quero
Meu amor não tomou jeito

Não me deixe esquecer
Dos passeios de mãos dadas
Por estas mãos vão escorrer
As lembranças guardadas

Fico triste debruçada na janela
Nas tardes que não te trazem
Minha última esperança, uma vela
Já que é assim que as viúvas fazem

Meu coração morreu antes que retornasse
No meu quintal está enterrado
E vejo, de relance no jornal, tua face
O óbito está declarado

Isabela Moraes
15/01/10

pra quem já viu um amor morrer, e nada pode fazer.

2 comentários:

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