
Eu sou um coração partido
Pelas circunstâncias no caminho, dividido
Sou as canções inacabadas
As cartas de amor rasgadas
Sou as roupas jogadas pela janela
A serenata de amor para a bela
Sou a traição imperdoável
E o perdão irrevogável
Sou o primeiro beijo desajeitado
O pretendente rejeitado
Sou o amor de escola nos corredores
O choro de tristeza dos perdedores
Sou o amante não correspondido
O sentimento ainda não definido
Sou a chuva que veio de surpresa
O choro guardado em represa
Sou a saudade dos apaixonados
O abraço infinito dos reencontrados
Sou a dor no osso ao crescer
A fisgada no coração ao se perder
Sou a aliança no dedo do casado
O amor ainda vivo, mas desgastado
Sou o beijo que te acorda de manhã
A primeira na plateia, sua fã
Sou o amigo de infância esquecido
O retorno ao que já se tinha vivido
Sou o nome que nunca foi chamado
O amor que lhe devia ter roubado
Sou o visitante pontual indesejado
O coração surpreso descompassado
Sou teu silêncio na ida, e na espera
O teu grito de amor na volta à terra
Sou teu maestro famoso
O teu dançarino feioso
Sou colombina pulando carnaval
Entre arlequim e pierrot, e não sei qual
Sou o fim, o adeus, o ponto final
A vírgula, o talvez, o até breve... e tchau
Sou o amor sem fim no coração
Aquela coisa e tal, a eterna paixão
Isabela Moraes
06/01/10
06/01/10
Belo texto. Pararabens! =)
ResponderExcluirBelo texto. Pararabens! =)[2]
ResponderExcluiramei!
Adorei a construção das rimas, o desenvolvimento da narrativa e principalmente o feeling e a sinceridade nas linhas....muito lindo teu estilo!!
ResponderExcluirCARALHO!
ResponderExcluirVai escrever bem assim na minha residência Q
kkkkkk ALOK