
Os bichos se devoram no escuro, entre quatro paredes sem janela sem porta e sem saída, com fome de amor. Gente não entende que bicho não quer calar a vontade, bicho quer fazer gritar. Bicho quer amar. Bicho não nega amor a outro bicho. Bicho acredita em coisa de pele. E não leva sentimentos a sério, porque não leva na brincadeira. Bicho é instinto. Bichos que agora rolam no chão, e parecem um só, vivendo uma emoção que gente nunca vai conseguir sentir.
Vem cá. Deixa eu ser seu bicho. Esqueça que a gente é gente. Deixa tuas pegadas pelo chão e eu vou até você, pra gente ser bicho de novo. Bicho que ama, que foge acuado, que chora. Bicho teu.
Isabela Moraes
24/05/2010
24/05/2010
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