quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O desabrochar

   E às vezes sinto que tenho que fazer alguma coisa e mudar essa minha atitude de quem não está nem aí, porque eu estou muito aí, e me importo com o que algumas pessoas (lê-se as que me importam) pensam de mim. O meu problema é que nem sempre deixo que as pessoas, mesmo as mais próximas, tomem conhecimento do que realmente estou sentindo. Mas eu sou especialista em correr atrás do tempo perdido, recuperar o que todos achavam que já nem valia a pena ser resgatado, pedir desculpas (porque quem erra tanto quanto eu, faz bem em tornar-se especialista em pedir desculpas), reconhecer e tentar consertar os erros, e engolir o orgulho para aceitar que não estava fazendo o melhor que podia. 
   De vez em quando uma angústia toma conta de mim, e aí eu não sei o que fazer. Por isso às vezes exagero na dose ao tentar consertar as coisas. Alguns se assustam e ficam sem reação, estranham minha doçura. Mas é que eu sei ser doce... só não gosto de sê-lo o tempo todo. As pessoas sempre confundem os doces e sinceros com os tolos e otários, como se pessoas doces fossem presas fáceis aos que se julgam espertos e gostam de passar a perna nos outros. Então, não sendo das mais espertas, sei que talvez me mostrando doce, estou no grupo de risco dos que são feitos de bobo. E eu confesso ser boba, mas só por quem vale a pena. Porque mesmo fechada, um dia vou ter que me abrir e deixar meu perfume doce entregue aos que assitiram e esperaram esse meu momento único de florescer, esse desabrochar.

Isabela Moraes
28/10/2011

Passo a Passo de um Coração Partido

  Me despedir de Você Me despir da esperança de ser tua Me despejar em mim Me deitar nua Mas não ao teu lado Você fugiu Você fingiu Você fic...