
Não vou pedir mais. Nem vou ofertar mais nada. Agora estaremos como duas linhas paralelas, apenas seguindo o mesmo caminho, sem se encontrar em um dado momento. Não vou falar mais dessa coisa que aperta minha garganta. Ela é incômoda e sempre te machuca. E não quero deixar minhas marcas em você. Eu sou cruel com as palavras. E fria com conversas. Mas sou como pólvora, prestes a encostar no fogo, numa discussão.
Não saberemos de quem é a culpa. Eu não culparei ninguém. Não sei o bastante pra julgar. Só sei que agora quero me afastar. E ainda assim não quero estar longe demais. Eu sou uma observadora assídua. E sou uma ouvinte atenciosa. Fiz um balanço de você na minha vida. Não sei se quero que você vá embora.
Vou traçar uma linha. E serão os meus limites. As grades que te manterão a distância. Apenas faça como eu. Observe, ouça. Sem ultrapassar. E se ainda puder pedir, e você ainda puder me atender, isso é tudo que peço. Apenas não me pergunte, não sei dizer o porquê. Não interprete tudo que digo a sua maneira. E não me faça escrever outra vez. Não me pressione contra os meus sentimentos. Me deixe calar por um instante. Me deixe não saber responder. Me deixe não ter que pensar tanto em você. Me deixe abafar as minhas palavras, e não ser obrigada a escrever.
Com este cavalo, não farei mais as minhas longas caminhadas. Passarei a apreciá-lo, como o visitante de um jóquei, que da arquibancada, observa e aposta no seu cavalo admirado.
Isabela Moraes
07/11/09
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ResponderExcluirSe ainda poder te pedir isso.
ResponderExcluirOuça http://www.youtube.com/watch?v=HG_qNnorN6M&feature=related
e traduza.