
Eu estou presa por uma corda fina, indo e voltando. De forma oscilante e inconstante. Sem saber para onde estou indo, ou se estou sempre no mesmo lugar. E me balanço. Não quero escolher. Nem sei dizer onde quero estar. Sei que na verdade estou presa em um só lugar.
Vou pra lá. Mas não fico. Estou aqui, e logo estarei lá novamente.
E assim todo dia, no risco da corda fina que me mantêm nesse movimento, eu continuo. Vou e volto. E quando, ás vezes, paro, sinto falta do balanço.
Eu não pertenço a nenhum lugar.
Meu movimento pendular, repetido, sem parar, até que eu canso. Venho e não quero voltar. Mas não há o que me prenda. E contra a minha vontade, tentando ficar, sou forçada a voltar.
Ás vezes sou feliz assim. Mas não é sempre. Ás vezes quero ficar. Ás vezes quero estar lá.
E sempre a me balançar.
#) Isabela Moraes
24/10/09
24/10/09
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