
Foi apenas isso. Cometi erros outra vez. Hesitei outra vez. Tremi de medo outra vez. Ela insite, mesmo sabendo que a desejo temendo e me escondendo enquanto ela se aproxima. Tantas vezes fugi dela. Corri tão rápido quanto pude, me escondi. Fui onde ela não poderia chegar. Mas ela não entende. Ela pode existir, e pode estampar sorrisos nos lábios de todos ao meu redor. E pode se mostrar tão boa quanto se pode ser. Eu apreciarei sua beleza à distância, pois no momento em que ela vier em minha direção, vou fugir como um bichinho assustado. Não sei como dizer o quanto a temo. Porque não tenho bons motivos para temê-la. Ela é maravilhosa, faz tudo ficar belo. Tudo que ela toca reluz. Ela é esperada nas festividades. Ela é desejada a quem faz aniversário e a quem nasce. Mas eu me preocupo ao mínimo sinal de que ela está tomando conta de mim. É cruel saber que ela é tão boa e não consigo tê-la, apenas porque meu medo é maior que meu desejo. Meu final feliz está longe agora, mas ainda está do meu lado de braços dados ouvindo tudo que logo vai fazê-lo levantar-se e desaparecer no horizante levando consigo aquela que tanto temo. A felicidade. E enquanto eles se vão, presos um ao outro, eu choro e tremo de nervosismo, gritando perdão e me arrependendo de tê-los afastado de mim. E depois de muito tempo, catatônica, me dou conta de que aconteceu tudo igual outra vez, como um filme repetido. E sorrio. Penso nos prós e contras dessa solidão que agora vai me ajudar a levantar e seguir em frente. Dela eu não tenho medo.
Isabela Moraes
15/12/09
15/12/09
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