quarta-feira, 17 de março de 2010

Desejo (tardio)


A silhueta inconfundível da amada
Que contra meu peito queria tê-la
O desejo continua acordado
Apesar do destino dormir pros meus apelos

O cheiro que queria aprisionar
Verdadeira prisão do meu olhar
De longe, não vê que te admiro
Quando longe, inconsciente nem respiro

Meu caminho, beirando o teu sem se encontrar
A presença que finjo não notar
Nos seus lábios o sorriso que finjo esquecer
O teu corpo, caminho que não vou percorrer

Que venha Platão responder
Do amor que me põe a sofrer
Que quanto mais foges dos meus braços
Mais quero seguir seus passos

Isabela Moraes
10/03/2010

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