quarta-feira, 17 de março de 2010

Quieta

Estou em movimento há muito tempo,
Há muito tempo tentando parar
Indo de encontro ao que quero
Querendo descobrir o que vou encontrar

Relapsa, omissa, calada e inconsciente
Vivo uma vida igual continuamente
A pausa, em si, não mantém o corpo parado
A fala, sim, mantém a mente aquietada

Desonrei minhas palavras, voltei atrás
Contradisse minhas verdades
Calei minhas vontades
Esqueci meus ideais

Minha sofisma, sua insistência
A arte das nossas mãos
Caminhando sem rumo em direções opostas
Juntas e prontas para nunca mais se encontrarem

Meus pés se arrastam, minha cabeça baixa
Meu corpo cansado, só pára diante do teu
E calado e cru, no seu se encaixa
Parada e adormecida, sou sua e te faço meu

Isabela Moraes
09/03/2010

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