domingo, 18 de abril de 2010

Conto

Acordei cedo, cansada, dormi muito mas o corpo sente que foi pouco tempo. A manhã ainda estava fria e esbranquiçada, mas era tarde demais para fazer qualquer coisa que pudesse melhorar o meu dia. Como o Coelho de algum País das Maravilhas, uma voz repete sussurrando ao meu ouvido, “é tarde, é tarde!”. Tento correr para alcançar as coisas que insistem em fugir de mim. Tudo sempre passa como um raio, e eu não me dou conta de que esses preciosos momentos não vão se repetir.
Que inveja eu sinto das flores que podem sentir o vento, e se deliciar com as nuances do toque da luz do sol. Que inveja dos barcos, que conseguem acompanhar e se aproveitar da correnteza, e passar por tudo e deixar que tudo passe por ele. Invejo-os, pois são meros espectadores e, ainda assim, conseguem verdadeiramente ser parte de tudo pelo que passam. E eu, passiva demais para tomar minha vida em minhas mãos, acabo ficando sozinha assistindo sempre sem intervir em tudo que vivo.
E o meu tempo passa diferente, é inconstante, ás vezes perco sua lógica. O meu tempo é o descontrole da minha mente. É a contagem das vezes em que me perco, ou me encontro, buscando meu amor. Eu estou perdendo o meu tempo.

Isabela Moraes
18/04/2010

Meus dezesseis anos de "incontáveis perdas de tempo".

Um comentário:

  1. Seus 16 anos não foram perdas de tempo menina...
    neste tempo vc criou laços em muitas pessoas, amigos, inimigos, amores, desamores, assim.. vivendo intensamente cada minuto e escutando seu coração na maioria deles. E digo mais te invejo por ser assim, não somente eu mais a maioria das pessoas que estão em nosso meio. Porque vc não tem medo de falar o que pensa, fazer o que acha certo e ir em busca do seu propósito, deste jeito se seus 16 anos fossem perdas de tempo, vc não marcaria os meus 17 e não faria um papel principal neles.

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