quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vermelho

Vejo vermelho quando acordo, quando me deito, e quando olho pra você todas as tardes, me fazendo crer que todo o vermelho vem de você. Intenso e radiante, você trouxe o vermelho para a minha vida. E tudo que antes era um deserto azul desbotado, agora é vermelho e quase me cega. Tudo nessa cor é atraente e lembra a dor, lembra o gosto bom das tardes consumidas tantas vezes fazendo nada dentro dos teus braços, lembra a ansiedade, lembra você. Não há necessidade de outras cores quando tudo ao seu redor está tingido de vermelho. Quando seu sol brilha em vermelho, quando a paixão vivida é em vermelho. Vermelho do teu esmalte, do teu batom, do teu vestido, do teu cabelo, ou mesmo do teu sangue que ás vezes jorra quando você tem que se rasgar pra mostrar o que há de mais humano nesse seu coração remendado, como o de uma boneca de pano. Será vermelho também o horizonte quando você tiver de partir, porque sem você só fica o vazio da dor, das minhas feridas abertas.

Isabela Moraes
15/07/2010

2 comentários:

  1. Morri.
    "Quando seu sol brilha em vermelho, quando a paixão vivida é em vermelho. Vermelho do teu esmalte, do teu batom, do teu vestido, do teu cabelo, ou mesmo do teu sangue que ás vezes jorra quando você tem que se rasgar pra mostrar o que há de mais humano nesse seu coração remendado, como o de uma boneca de pano. Será vermelho também o horizonte quando você tiver de partir, porque sem você só fica o vazio da dor, das minhas feridas abertas."
    Que isso, cara. Muito bom.

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  2. Gostei muito também!
    Muito bonito! E poético!

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