
Agora, que eu sou o bobo da corte, fazendo graça pra que você me veja e perceba o meu amor, estou vulnerável a toda e qualquer zombaria. Mas não espero isso de você. Não ria de mim, não zombe ou deboche das piadas que faço. Estou sem graça, estou desgraçada. Estou rindo do que me faz chorar, sem um motivo plausível, a não ser colocar um sorriso no seu rosto. Pois não acho graça do que estou rindo, acho graça de mim. Que me fiz de palhaça, e me fiz de escrava e agora, jogada a seus pés, só quero te ver feliz e poder fazer parte da sua felicidade. Estou rindo do meu papel ridículo.
Mas tanto faz, você já riu e com seu brilho ofuscou o meu amor. Apagou, aos poucos tudo que eu tentei manter aceso. O fogo, a luz, o brilho intenso que me cegava. E aí, eu vi. Há muito tempo já devia ter parado de tentar fazer graça e começado a tentar ser feliz.
Isabela Moraes
20/04/2010
20/04/2010
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